Jean de La Fontaine nasceu na pequena cidade de Chateau-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura.
Em 1652 La Fontaine assumiu o cargo de seu pai como inspetor de águas, mas alguns anos depois colocou-se a serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma coletânea de poemas.
Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine.
Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, contendo um fundo moral. Eram escritas em linguagem simples,por isso conquistaram imediatamente seus leitores.
Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.
Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas.
A última edição de suas fábulas foi publicada 1693.
Antes de vir a ser fabulista, foi poeta, tentou ser teólogo.
La Fontaine foi para Paris, e iniciou sua grande carreira literária. No início, escrevia poemas, mas em 1665 escreveu sua primeira obra, chamada “Contos”. Montou um grupo literário que tinha como integrantes Racine, Boileau e Molière.
No período de 1664 a 1674, ele escreveu quase todas as suas obras.
Nas suas fábulas, contava histórias de animais com características humanas. Em 1684, foi nomeado para a Academia Francesa de Letras.
A sua grande obra, “Fábulas”, escrita em três partes, no período de 1668 a 1694, seguiu o estilo do autor grego Esopo, o qual falava da vaidade, estupidez e agressividade humanas através de animais.
La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna. Sobre a natureza da fábula declarou: “É uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato”.
Algumas fábulas escritas e reescritas por ele são:
A Lebre e a Tartaruga,
O Homem,
O Menino e a Mula,
O Leão e o Rato,
O Carvalho e o Caniço.
Está sepultado no cemitério Père-Lachaise, em Paris, ao lado do dramaturgo Molière.
domingo, 29 de novembro de 2009
As Marionetas do Senhor La Fontaine
Como já vos disse, fomos ao teatro ver as fábulas que o senhor La Fontaine trouxe até Lisboa!
Aqui ficam algumas imagens.
Pessoalmente, acho que estão fantásticas.
Parabéns a quem as criou e ao grupo de teatro "Lua Cheia", que tão trouxeram o La Fontaine aos nossos dias.
Aqui ficam algumas imagens.
Pessoalmente, acho que estão fantásticas.
Parabéns a quem as criou e ao grupo de teatro "Lua Cheia", que tão trouxeram o La Fontaine aos nossos dias.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
"O senhor La Fontaine em Lisboa"
No dia 24 de Novembro, fomos ao teatro. É verdade! Levei os meus alunos ao Museu da Marioneta e fomos ver a peça " O senhor La Fontaine em Lisboa".
É uma peça inspirada nalgumas fábulas de La Fontaine, e as personagens são marionetes muito coloridas e originais.
É uma peça inspirada nalgumas fábulas de La Fontaine, e as personagens são marionetes muito coloridas e originais.
Não vou desvedar tudo o que vimos, mas gostámos muito...Até o senhor La Fontaine apareceu para apresentar algumas fábulas... e para quem já vive há 600anos, estava muito bem humorado e com bom aspecto!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
São Martinho
Ontem foi dia de Magusto... Foi o dia de São Martinho
A Lenda de São Martinho
Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar de Itália para a sua terra, algures em França.
Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, os Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo.
Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.
De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola.
Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.
Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido generoso com o pobre.
O MAGUSTO
Em tempos idos, eram comuns os “Magustos”, ou seja, grandes fogueiras ao ar livre, no campo, “rodeadas de grupos alegres que cantam e dançam enquanto a fogueira medra e as castanhas estoiram”
O vinho novo, jeropiga ou água-pé jorravam generosamente acompanhando as castanhas assadas, pois, como diz o adágio “no dia de São Martinho vai à adega e prova o vinho”.e deixa a água para o moinho"(Leite Vasconcellos/Vida Tradicional Portuguesa).
Provérbios
Dia de São Martinho, castanhas e vinho.
Dia de São Martinho, comem-se as castanhas e bebe-se o vinho.
Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho.
Dia de São Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
Dia de São Martinho, prova o teu vinho.
Dia de São Martinho, vai à tua adega e prova o teu vinho.
No dia de São Martinho, mata o porco e prova o teu vinho.
No dia de São Martinho, mata o porquinho, abre o pipinho, põe-te mal com o teu vizinho.
No dia de São Martinho, mata o porquinho, chega-te ao lume, assa castanhas e bebe o teu vinho.
No dia de São Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.
O Verão de S. Martinho, a vareja de S. Simão e a cheia de Santos, são três coisas que nunca faltam nem faltarão.
Pelo Santo André agarra o porco pelo pé.
Pelo São Martinho, abatoca o pipinho.
Pelo São Martinho, abatoca o teu vinho.
Pelo São Martinho, bebe o bom vinho e deixa a água para o moinho.
Pelo São Martinho, deixa a água para o moinho.
Pelo S. Martinho, deixa a água p'ró vinho.
Pelo São Martinho, larga o soitinho.
Pelo São Martinho, lume, castanhas e vinho.
Pelo S. Martinho, mata o porco, chega-te ao lume, assa castanhas e bebe o teu vinho.
Pelo São Martinho, mata o porquinho, prova o teu vinho e não te esqueças do teu vizinho.
A Lenda de São Martinho
Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar de Itália para a sua terra, algures em França.
Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, os Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo.
Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.
De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola.
Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.
Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido generoso com o pobre.
O MAGUSTO
Em tempos idos, eram comuns os “Magustos”, ou seja, grandes fogueiras ao ar livre, no campo, “rodeadas de grupos alegres que cantam e dançam enquanto a fogueira medra e as castanhas estoiram”
O vinho novo, jeropiga ou água-pé jorravam generosamente acompanhando as castanhas assadas, pois, como diz o adágio “no dia de São Martinho vai à adega e prova o vinho”.e deixa a água para o moinho"(Leite Vasconcellos/Vida Tradicional Portuguesa).
Provérbios
Dia de São Martinho, castanhas e vinho.
Dia de São Martinho, comem-se as castanhas e bebe-se o vinho.
Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho.
Dia de São Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
Dia de São Martinho, prova o teu vinho.
Dia de São Martinho, vai à tua adega e prova o teu vinho.
No dia de São Martinho, mata o porco e prova o teu vinho.
No dia de São Martinho, mata o porquinho, abre o pipinho, põe-te mal com o teu vizinho.
No dia de São Martinho, mata o porquinho, chega-te ao lume, assa castanhas e bebe o teu vinho.
No dia de São Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.
O Verão de S. Martinho, a vareja de S. Simão e a cheia de Santos, são três coisas que nunca faltam nem faltarão.
Pelo Santo André agarra o porco pelo pé.
Pelo São Martinho, abatoca o pipinho.
Pelo São Martinho, abatoca o teu vinho.
Pelo São Martinho, bebe o bom vinho e deixa a água para o moinho.
Pelo São Martinho, deixa a água para o moinho.
Pelo S. Martinho, deixa a água p'ró vinho.
Pelo São Martinho, larga o soitinho.
Pelo São Martinho, lume, castanhas e vinho.
Pelo S. Martinho, mata o porco, chega-te ao lume, assa castanhas e bebe o teu vinho.
Pelo São Martinho, mata o porquinho, prova o teu vinho e não te esqueças do teu vizinho.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
A Tia Árvore
Hoje fui buscar, finalmente, o livro que a minha amiga Madalena Santos escreveu... Digo "finalmente", porque já estava encomendado há muito tempo numa livraria e não havia forma de chegar...
Hoje ainda vou ler um pouquinho e depois vou apresentá-lo aos meus alunos...
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