Certo
dia fui a uma biblioteca municipal. Muitos livros, muitos temas e muitos
andares cheios de prateleiras repletas de histórias para ler. Percorri os
corredores e entrei numa secção ao acaso. Tirei um livro e o que era? Os
Lusíadas, de Luís de Camões. Já sabia que era um poeta e também que para
defender estes poemas tinha nadado com uma mão a segurá-lo para que não se
perdesse. Também que só tinha um olho que perdeu numa batalha em África e usava
uma pala. Mas, ao folhear que vejo? O gigante Adamastor em carne e osso…
-
Que fazes neste lugar em vez de estares dentro do livro? - perguntei-lhe,
admirado com esta personagem.
-
Pensava que estava no mar a assustar as naus – disse-me em lágrimas.
-
Mas eu só estava a ler a tua história…
-
Desculpa, por estares assustado mas realmente não sou a criatura mais bonita
dos oceanos. Vou voltar para o livro e deixar-te refletir sobre este episódio.
Diverte-te com a leitura. Adeus.
E
acenámos as mãos dizendo adeus…
E
foi assim que eu percebi que ao lermos as histórias entramos dentro delas e
faz-nos acreditar que nós também fazemos parte dessas mesmas histórias.
Tiago Mendes Nº26 6ºJ
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