Lenda da Nazaré
Conta a Lenda da Nazaré que ao nascer do dia 14 de setembro de 1182, D. Fuas Roupinho, alcaide do castelo de Porto de Mós, caçava junto ao litoral, envolto por um denso nevoeiro, perto das suas terras, quando avistou um veado que de imediato começou a perseguir. O veado dirigiu-se para o cimo de uma falésia. D. Fuas, no meio do nevoeiro, isolou-se dos seus companheiros. Quando se deu conta de estar no topo da falésia, à beira do precipício, em perigo de morte, reconheceu o local. Estava mesmo ao lado de uma gruta onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora com o Menino. Rogou então, em voz alta: Senhora, Valei-me!. De imediato, miraculosamente, o cavalo estacou, fincando as patas no penedo rochoso suspenso sobre o vazio, o Bico do Milagre, salvando-se assim o cavaleiro e a sua montada da morte certa que adviria de uma queda de mais de cem metros.
D. Fuas desmontou e desceu à gruta para rezar e agradecer o milagre. De seguida mandou os seus companheiros chamar pedreiros para construírem uma capela sobre a gruta, em memória do milagre, a Capela da Memória, para aí ser exposta à veneração dos fiéis a milagrosa imagem. Antes de entaiparem a gruta os pedreiros desfizeram o altar ali existente e entre as pedras, inesperadamente, encontraram um cofre em marfim contendo algumas relíquias e um pergaminho, no qual se identificavam as relíquias como sendo de S. Brás e S. Bartolomeu e se relatava a história da pequena imagem esculpida em madeira, policromada, representando a Virgem Maria sentada num banco baixo a amamentar o Menino Jesus.
Recolha feita por Pilar Duarte e Margarida Muralha
A lenda do Adamastor
Segundo a lenda, Adamastor era um gigante filho da deusa Terra , que se
revoltou, com outros gigantes, contra Zeus, o Deus supremo dos
Gregos. Furioso, Zeus fulminou-os com um raio condenando-os a vaguear de
costa em costa. Foi assim que Adamastor conheceu Thetis, uma ninfa dos oceanos,
mãe de Aquiles, e por ela se apaixonou. Mas o Gigante sabia que era feio
demais para conquistá-la e por isso decidiu resolver o assunto pela
força. Apavorada, Dóris mãe de Thetis, tentou desesperadamente convencer a
filha a aceitar o Adamastor como companheiro mas perante a recusa desta, teve
de encontrar outra solução. Depois de muito pensar, mãe
e filha decidem, então, com a ajuda de Zeus,montar uma armadilha ao
Gigante, dizendo-lhe que Thétis ficaria com ele, se ambas fossem poupadas aos
males da guerra.
Cheio de esperanças, Adamastor põe fim à guerra e pede um encontro com
Thétis. Ela aparece-lhe, mas quando este a abraça e beija, vê-se de
repente agarrado ao cume de um monte acabando por se tornar numa parte
desse monte: o Cabo das Tormentas. Esse mesmo.O cabo que tanto assombrou a
imaginação dos marinheiros portugueses durante a época dos
descobrimentos.
recolha feita por Rita Diniz
A lenda do rei Wamba
Nos portas de Ródão do lodo do Beira Baixa
(Norte do Tejo) vivia um Rei que tinha lá um Castelo que se chamava Rei Wamba e
que dominava este lado. Este era um guarda avançado da Egitânia
(Idanha-a-Velha).
O Rei Wamba vendo a paixão que ela
manifestava pelo outro, ofereceu-a então ao outro Rei como presente, mas sendo
atada à mó de um moinho, rolando pelas encostas até ao rio Tejo. Pelo sítio
onde passou a mó com a mulher do Rei Wamba atada nunca mais nasceu qualquer
vegetação, conforme hoje ainda se pode verificar no local.
recolha feita por Lara Rodrigues
O Milagre das rosas
A mulher de D. Dinis, a rainha Santa Isabel, tornou-se célebre pela sua
imensa bondade. Ocupava o tempo a fazer bem a quantos a rodeavam, visitando e
tratando doentes, distribuindo esmolas pelos pobres.

Era pão. Mas ela, aflita por ter desobedecido ao rei, exclamou:
- São rosas, Senhor!
- Rosas, em Janeiro?- duvidou ele.
De olhos baixos, a rainha Santa Isabel abriu o regaço - e o pão tinha-se
transformado em rosas, tão lindas como jamais se viu.
recolha feita por Salvador Ascensão
Lenda da Cova Encantada ou da Casa da Moura Zaida
Na serra de Sintra, perto do Castelo dos Mouros,
existe uma rocha com um corte que a tradição diz marcar a entrada para uma cova
que tem comunicação com o castelo. É conhecida pela Cova da Moura ou a Cova
Encantada e está ligada a uma lenda do tempo em que os Mouros dominavam Sintra
e os cristãos nela faziam frequentes incursões. Num dos combates, foi feito
prisioneiro um cavaleiro nobre por quem Zaida, a filha do alcaide, se
apaixonou. Dia após dia, Zaida visitava o nobre cavaleiro até que chegou a hora
da sua libertação, através do pagamento de um resgate. O cavaleiro apaixonado
pediu a Zaida para fugir com ele mas Zaida recusou, pedindo-lhe para nunca mais
a esquecer. O nobre cavaleiro voltou para a sua família mas uma grande tristeza
ensombrava os seus dias. Tentou esquecer Zaida nos campos de batalha, mas após
muitas noites de insónia decidiu atacar de novo o castelo de Sintra. Foi
durante esse combate que os dois enamorados se abraçaram, mas a sorte ou o azar
quis que o nobre cavaleiro tombasse ferido. Zaida arrastou o seu amado, através
de uma passagem secreta, até uma sala escondida nas grutas e, enquanto enchia
uma bilha de água numa nascente próxima para levar ao seu amado, foi atingida
por uma seta e caiu ferida. O cavaleiro cristão juntou-se ao corpo da sua amada
e os dois sangues misturaram-se, sendo ambos encontrados mais tarde já sem
vida. Desde então, em certas noites de luar, aparece junto à cova uma formosa
donzela vestida de branco com uma bilha que enche de água para depois
desaparecer na noite após um doloroso gemido...
recolha feita por Madalena Rodrigues
A Lenda de D. Sebastião
Há muitos, muitos anos
atrás houve uma batalha chamada Alcácer-Quibir. Nesse tempo havia um Rei
chamado D. Sebastião que reinava em Portugal. O D. Sebastião não se podia negar
de ir a essa batalha. Juntou a sua tropa preparada para tudo. O Rei D.
Sebastião deu o sinal de fogo e os soldados correram. Sangue derramava nas suas
espadas, caiam no chão cobertos de sangue. Era uma manhã coberta de nevoeiro, a
tropa de Portugal venceu mas o Rei D. Sebastião tinha desaparecido. As pessoas
sabiam que ele tinha desaparecido mas não sabiam como ele desapareceu. Pensaram
que como essa manhã estava nevoeiro que ele voltava a aparecer um dia.
recolha feita por Marta Torres e Francisco Coelho
Lenda da Fonte da Prata
Era uma vez um
guerreiro chamado Henriques que tinha uma mulher chamada Maria.
Mas um dia, os
soldados do castelo prenderam o guerreiro sem a mulher saber.
Noutro dia os soldados foram à casa da D. Maria, e disseram-
lhe:
- O seu marido está na prisão!
Nesse dia
ela foi para o castelo e começou a chorar muito, muito...
De tanto
chorar fez das suas lágrimas uma fonte que se chama :Fonte da Prata.
E assim ficou
a lenda da fonte que toda a gente conta, e conhece aqui em Elvas.
recolha feita por Inês Cordeiro
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