Como estamos a trabalhar as lendas e os alunos do 5ºB estão a estudar a Reconquista Cristã em História e Geografia de Portugal, aproveitámos e fizemos uma recolha relacionada com esse tema.
No tempo da reconquista o cavaleiro cristão D. Raimundo regressava duma batalha contra os muçulmanos quando viu duas mouras, mãe e filha. Esta trazia uma bilha de água e o cavaleiro pediu para beber mas ela assustada deixou cair a bilha e o cavaleiro enfurecido matou-a e à mãe. Logo depois apareceu um jovem mouro que era familiar das duas e foi feito prisioneiro. Assim ele foi levado para o castelo de D. Raimundo que vivia com a sua esposa e filha. O jovem mouro sabendo disto planeou vingar-se e mata-las. A mãe matou-a com veneno mas quanto à filha, acabou por se apaixonar por ela. Ora esta, sabia dos planos do pai que era casá-la com um cavaleiro da mesma religião e sabendo isso e porque também amava o jovem mouro decidiu fugir com ele. Assim deixaram o castelo e desapareceram para sempre. Diz a lenda que o casal pode ser visto na torre de menagem, nas noites de São João com o cavaleiro D. Raimundo a pedir perdão de joelhos.
recolha feita por Catarina Mota
Lenda do Beijo eterno
Conta-se que no início da
Reconquista, quando cristãos e mouros avançavam e recuavam ao sabor da sorte
das armas, Sortelha sofreu um rigoroso cerco pelas tropas sarracenas, que a
todo o custo queriam recuperar aquele ponto estratégico.
No castelo vivia o alcaide,
homem forte e valoroso, a sua mulher, que todos diziam possuir poderes mágicos,
e uma filha, donzela casta e formosa.

A mãe da menina, entretanto
andava muito desconfiada de que qualquer coisa estranha se passava. Primeiro, a
filha antes tão triste e tão calada, tinha agora o rosto iluminado por uma luz
nova e por diversas vezes a surpreendera a cantar sem prestar atenção ao pano
que bordava no bastidor. Ainda pensou que era apenas a chegada da Primavera e o
desabrochar da juventude. Mas quando viu nos seus olhos o horror estampado, ao
falar-lhe do gosto que ela e o pai tinham no seu casamento com o filho do
alcaide do Sabugal, percebeu que o caso era bem mais sério.
Começou a vigiá-la. Mas a
menina era tão cuidadosa que nos dias seguintes a mãe não conseguiu tirar a
história a limpo. Entretanto, o príncipe tinha subornado os três soldados que
estavam a par do romance para deixarem sair a menina, quando ficassem os três
de sentinela às portas do castelo. O tão esperado dia chegou. E quando depois
da ceia a menina se quis recolher mais cedo a pretexto de uma dor de cabeça, a
mão teve a certeza de que qualquer coisa ia acontecer nessa noite. Sem querer
alertar o marido, deitou-se ao lado dele como sempre mas não adormeceu.
De madrugada teve a sensação
de que ouvira um ruído. De mansinho levantou-se, vestiu-se e foi ao quarto da
filha. Estava vazio. Desesperada correu para o alto da torre. Lá de cima tudo
parecia calmo. No entanto depois de habituar os olhos à escuridão viu que
qualquer coisa mexia mesmo por baixo do sítio onde estava. De repente as nuvens
descobriram a lua e a mãe estupefacta viu a menina nos braços do príncipe
árabe, beijando-o. Num terrível acesso de raiva, a mãe desencadeou um tal poder
que de imediato os dois amantes desapareceram. Quando o sol se levantou,
descobriu-se com espanto que no local onde eles se tinham encontrado, estavam
agora dois barrocos como que se beijando eternamente.
Os mouros quando se aperceberam de que o seu
chefe desaparecera misteriosamente durante a noite, levantaram o cerco e
foram-se embora. Quanto ao pobre alcaide, além de ter descoberto que estava
casado com uma feiticeira, coisa que na época não era muito bem vista, ficara
sem a filha que tanto amava. Resolveu então pedir ao rei que o substituísse no
cargo e refugiou-se com a mulher numas terras que tinha no vale, dando origem
ao lugar do Casteleiro.
recolha feita por
Lenda da Cova Encantada ou da Casa da Moura Zaida

recolha feita por David Gaspar
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