sexta-feira, 4 de abril de 2014

Zinho,o detetive

O Detetive Zinho estava no seu quarto a arrumar as suas coisas de detetive, quando ouviu um grito pavoroso:
- Aaaiiiii!
Zinho saltou da cama, pegou na sua lupa e no seu chapéu, e abriu a porta do seu quarto. Aí ouviu o grito outra vez:
- Aaaiiiii!
Zinho quase se assustou. Mas aí lembrou-se que um verdadeiro detetive não se assusta. Engoliu o susto em seco e pegou num desentupidor  que estava na  casa-de-banho. Com o desentupidor debaixo do braço ele sentiu-se mais confiante para enfrentar aquela ameaça terrível. E pôs-se a investigar de onde viriam os gritos.
- Aaaiiiii!
Era o grito pavoroso de novo. Zinho já estava no alto da escada quando decidiu pegar em mais uma arma: entrou no quarto da mãe e saiu de lá com um sutiã na mão para usar como se fosse elástico. Testou o suti-lástico e... funcionava. Lançou uma bola de meia longe. A bola bateu no espelho do corredor, voltou e bateu na cabeça de Zinho, que ficou meio atordoado. O que mostrava que o suti-lástico funcionava.
- Aaaiiiii!
Quanto mais descia a escada mais pavoroso o grito ficava. E o detetive Zinho resolveu agarrar um ténis largado pelo irmão mais velho no fundo da escada. O ténis estava muito sujo e Zinho cheirou o ténis do irmão.
- Arrgghh! Que chulé! – disse Zinho enquanto tapava o nariz.
Era mais uma arma perfeita contra o que quer que fosse que estava a causar aqueles gritos de medo. E por falar em grito:
- Aaaiiiii!
Passando pelo banheiro no corredor o detetive Zinho entrou. Pelo barulho que fez deve ter derrubado um monte de coisas lá dentro. E saiu armado de papel higiénico (para amarrar o inimigo), uma escova de dentes (caso ele esteja com mal-hálito) e um rolo vazio de papel higiénico (que podia ser usado como espada ou coisa assim).
Carregado com aqueles instrumentos o detetive Zinho ouviu novamente:
- Aaaaaahhhhhh!
O grito tinha ficado ainda mais pavoroso. E finalmente Zinho pode identificar de onde vinha o grito: da cozinha.
Aproximou-se com cuidado da porta da cozinha, que estava fechada. Por um segundo ou dois hesitou. Devia mesmo entrar? Que terríveis perigos o aguardavam atrás daquela porta.
- Aaaaahhhhhhhh!
Quando ouviu esse último grito não teve dúvidas: ele ia fazer o que tinha vindo fazer. E chutou a porta com tanta força que caiu ao chão estrondosamente. Pôde ver então a sua irmã mais velha em cima de uma cadeira. A irmã olhava para o lado e deu mais um grito horripilante:
- Socoorroooo!
Que terríveis monstros marcianos atacavam a cozinha querendo raptar a sua irmã? Que bandidos assaltavam a casa em busca dos doces que a sua mãe tinha feito para o jantar? Que cruéis monstros invadiam a casa prontos para beber todo o leite do frigorífico?
O detetive Zinho tentou manter a calma. E reparou que sua irmã olhava para baixo. Estalou os dedos e concluiu brilhantemente:
-Ahháá! O que está a assustar a minha irmã deve estar no chão!
Então o detetive aproximou-se do ser maligno que estava a causar todo aquele terror à sua irmã. Armado com todos os objetos que agarrou pela casa, ele não tinha medo, não podia falhar.
E foi então que ele chegou bem perto e pôde ver, ali no chão limpo da cozinha... uma barata.
Quem diria que tanta inspeção iria acabar numa simples barata!

Tatiana Cavalheiro 6º D Nº 17

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